quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DIÁRIO DE BORDO – Férias de professores.

SINFONIA NOTURNA



Julho é mês de quê? Para quem, como eu, é professor é época de férias... Ah! As tão sonhadas férias. Mesmo poucos, são dias de descanso, esperados ansiosamente. Como nós esperamos e planejamos esses dias, sonhamos com várias coisas, passeios por lugares exóticos... tudo que nos faça sair da rotina. As coisas mais minuciosas estão em nossos planos, menos uma: a hora de dormir.

Mas é justamente nesse momento que os problemas acontecem. Se você viaja pela primeira vez com seus amigos de trabalho – que é o meu caso – certifique-se de que eles não roncam. Se roncarem, infelizmente, suas tão sonhadas férias não serão tão legais, afinal deixar de dormir uma noite que seja já é o suficiente para acabar com a animação para o dia seguinte.

Pois é, no meu caso, meus amigos roncavam muito... e eu só descobri isso na hora de dormir. Passamos um dia muito legal, conhecemos lugares muito bonitos e, no fim, veio a hora em que o corpo exigiu o seu tão merecido descanso.

Estávamos todos já instalados, mas, até essa hora, imaginei que cairia por último no sono por não ter o hábito de dormir rápido, esse foi meu erro. Mal deitamos, meu querido amigo Rômulo, começou sua sinfonia. A princípio eram sons suportáveis, afinal qualquer ser humano normal, depois de um dia cansativo, os produziria. Mas meu amigo não é normal, a potência do ronco ia aumentando numa proporção ensurdecedora. Em alguns momentos, pensei até que ele estava perdendo o fôlego. Eu, Rafael e Alexandre ríamos e zuávamos nosso colega que, na hora do sono, vira tenor.

Pensei, então, “vamos custar a dormir essa noite”. O problema, no entanto, estava apenas começando... Alexandre e Rafael, que, momentos antes, riram comigo da sinfonia noturna de Rômulo, haviam dormido e, para meu desespero, faziam exatamente a mesma coisa... RONCAVAM.

Agora eram três contra um. Parecia uma orquestra mal regida. Tenho que dizer que os dois últimos roncavam em um volume menor que Rômulo, mas parecia um inferno. Não havia posição que aliviasse; as horas passavam, e o ronco só aumentava.

No fim, da mesma forma que nosso corpo se acostuma com um cheiro depois de um tempo, acho que meu corpo se resignou e me permitiu descansar, muito embora o relógio marcasse quase 4:00 da manhã.

O motivo de minha indignação, no entanto, não foi nem isso. Foi ouvir de Rômulo, no dia seguinte: “Não dormi nada essa noite!” É, a amizade nos faz pensar duas vezes antes de falar.

Prof. Alex


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